domingo, 17 de julho de 2011

IMPRESSÕES: NISSAN LEAF

Alguns dias atrás, visitamos o Nissan Inova Show, onde vimos de perto dois modelos destaques do evento: o elétrico Leaf e o popular March, que chega em outubro. Hoje, vou falar as minhas impressões ao conhecer de perto o Nissan Leaf.
O azul marca presença
No evento o carro chamou muita atenção, claro que pelo fato de ser 100% elétrico, mas também pelo seu visual. A carroceria "encorpada", a cor azul, os grandes faróis, as lanternas com ar futurista, tudo contribui para que o Leaf não passe despercebido. Esses grandes e "altos" faróis tem uma função aerodinâmica, fazendo com que o ar que vem pela frente suba melhorando a performance.
Atrás chamam a atenção as lanternas translucidas que sobem do pára-choque até o aerofólio, que porta uma placa fotovoltaica, que converte a luz solar em energia elétrica para manter os equipamentos. A maçaneta do porta-malas leva uma câmera de ré que projeta sua imagem na grande tela no centro do painel.
Para recarregá-lo, basta literalmente colocá-co na tomada. Um aparelho de recarga é instalado em um local, por exemplo na garagem, onde o Leaf é conectado.
Com o carro na tomada e a bateria vazia, a recarga demora 21 horas em 110 V. Porém, o recomendado pela Nissan é a recarga em um ponto com 220 V, onde a recarga total demora 8 horas. O seu "bocal de abastecimento" fica bem na dianteira do carro, ocultado por uma tampa na parte central com o logo da Nissan.
Leaf por dentro
E no painel, chama atenção a grande tela sensível ao toque (que integra comandos do som e navegador GPS) no console central, que é bem bonito na cor black piano. Este console comporta, além da tela, os comandos do ar condicionado, sistema de som, desembaçador, etc.
O volante concentra comandos do sistema de som, telefone (via bluetooth) e velocidade de cruzeiro. A frente do volante o painel de instrumentos é dividido em dois andares: em cima, os números digitais registram a velocidade, as horas e mais alguns dados. Destaque para a árvore projetada neste painel. Ela é dividida em barrinhas horizontais: quanto mais você dirige no modo Eco (econômico) ela vai ganhando mais barrinhas, e quando completa, a árvore vai para o lado. Após isso, outra árvore aparece para ser montada, fazendo com que o motorista colecione essas árvores, consequentemente economizando bateria e se divertindo ao mesmo tempo.
*A imagem acima foi retirada da internet
Na parte inferior, se encontram outros dados como carga da bateria, autonomia em km, e outros presentes em um carro comum. Olhando para um painel de instrumentos tão bonito e interativo como este, até nos esquecemos que estamos dentro do um veículo.
O acabamento interno do Leaf é digno de um carro de luxo. Digo isso pelos materiais de bom gosto utilizados na sua construção, combinados com encaixes precisos, sem alguma imperfeição notável. No painel, o console central preto contrasta com a cor creme do painel, o mesmo presente no acabamento dos bancos e portas. Esse interior todo em creme dá um ar de sofisticação ao modelo, mas não vai muito bem ao gosto do brasileiro.
A manopla de câmbio é bem interessante. No Leaf, a alavanca foi substituída por uma espécie de "mouse". Seu uso é bem simples. O Leaf é automático, então para impulsioná-lo para frente basta mover a manopla para esquerda, e depois para trás, colocando-a na posição D (Drive), que possui dois modos de condução, uma normal e outra Eco, para uma condução mais econômica. Para dar ré, basta mover a manopla para esquerda e depois para frente, deixando-a na posição "R". O botão "P" no meio da manopla aciona o freio de estacionamento.

Andando no 100% elétrico
"Ei, este carro não faz barulho". "O carro está ligado?" Estas são algumas frases ditas pelas pessoas que experimentavam conduzir ou simplesmente dar uma volta no Leaf, com certeza a primeira (e provavelmente última) oportunidade de contato dessas pessoas com um veículo 100% elétrico no Brasil.
Ao falar de carro elétrico, logo relacionamos esse tipo de propulsão com falta de potência e baixa autonomia. Mas não é isso que ocorre com o Leaf. No modo de condução normal, um bom torque nos leva para frente, com muito, muito silêncio e nada de vibrações.
O espaço para rodar com o Leaf era bem limitado, por isso não foi possível testá-lo em condições mais extremas, como em uma velocidade mais alta, ou uma frenagem mais forte. Mas deu para sentir que seu motor anda muito bem. O Leaf tem cerca de 28,6 kgmf de torque a partir 0 rpm, com potência de 107 cv. Segundo a Nissan, o elétrico chega a 144 km/h. Números muito bons para um carro com propulsão totalmente elétrica.
Infelizmente, o povo brasileiro está muito longe do dia que poderá ir a uma concessionária, comprar um carro elétrico e sair rodando por aí com a consciência limpa. Isso porque o Brasil já é dominado pelo biocombustível, que também ajuda o planeta, mas ainda assim emite poluentes.

Escrito por Lucas

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